Ao Cadáver

Ao Cadáver

Infinitos são os agradecimentos àqueles que, através de seus corpos inertes — sem vida na carne, porém com vida em espírito —, permitiram-nos aprender e apreender conhecimentos tão necessários ao nosso estudo durante a nossa jornada do curso. Aos poucos substituímos o medo da carne fria pelo respeito aos indigentes, a insegurança da palpação pela … Ler mais

Ao cadáver

“Acorda, estudante! Estás tão absorto… Afinal, aqui dentro, qual de nós é o morto? Calma! Não te assustes, sou eu quem te fala. Mesmo porque só restamos nós dois nesta sala! Pega aí o teu banquinho, acomoda-te aqui… Põe de lado estas pinças, guarda o teu bisturi! Fica bem à vontade, bate um papo comigo. … Ler mais

Ao cadáver

“Àquele em cujo peito não se derramaram lágrimas de saudade; sobre cuja fronte não se depositaram beijos de adeus; sobre cujo ataúde não se jogaram flores; por cuja alma não se acenderam velas; cujo nome não se sabe; de cujos brasões não se escreveram histórias… mas cuja memória há de ser perpétua como a fé, … Ler mais

Ao Cadáver

Às vezes não lembramos que foste um ser como nós… Que viveste, brincaste, sonhaste, tiveste amigos e amores e que, provavelmente, em algum lugar, alguém chorou tua morte. Se pudesses nos ouvir, diríamos o quanto foste importante e o quanto ainda o serás para gerações futuras em tua valiosa função de cadáver. Nosso muito obrigado.

Ao Cadáver

Não sabemos sua história nem seu passado… E ninguém poderá nos dizer. Invadimos seu mundo à procura de vida e, em troca, deu-nos o conhecimento. Ofereceu seu coração para quem nunca soube seus sentimentos. Abriu seu cérebro para quem nunca soube seus mistérios ou pensamentos. Talvez hoje seu corpo não exista mais… Porém, será sempre … Ler mais