Aos Cadáver

Nunca soubemos o seu nome, sua profissão, nem de onde veio. Nunca soubemos os motivos dos seus sorrisos dados, de suas lágrimas derramadas, nem o porquê de ter se tornado desconhecido. Nunca foi nosso paciente, não tivemos a oportunidade de lhe ajudar… E você, em mármore frio, ensinou-nos muito. Trouxe-nos uma explosão de conhecimentos. Devemos … Ler mais

Ao Cadáver

“Você nasceu, cresceu, sorriu, sonhou e chorou. Por certo amou e foi amado. Com seu abnegado silêncio, sem nada exigir e sem nada perguntar, nos permitiu o primeiro contato com a natureza física do homem. Não cabe a nós reconhecermos sua identidade, mas, sim, a certeza da sua real importância na formação do nosso conhecimento. … Ler mais

Ao Cadáver

“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou; sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo, amou e foi amado e sentiu … Ler mais

Ao Cadáver

Que a tua alma encontre descanso eterno, já que teu corpo aqui permanece. Chegaste ate nós quando a vida já não mais te pertencia. Com palavras não pudeste nos ensinar, mas por teu corpo nos foi concedido o saber. E por tua entrega e silêncio descobrimos quão perfeita é a criação divina.

Ao Cadáver

No início, tudo era estranho. Em muitos, o medo era maior do que a curiosidade. Meu Deus, ali está ele! Mas quem será ele? Para essa pergunta, nunca obteremos resposta. Mas também não importa. O que importa é que, com o tempo, descobrimos em você nosso mestre anônimo, cujas palavras eram dispensadas para que pudéssemos … Ler mais