Ao Cadáver

Você nasceu, cresceu, sorriu, chorou, sonhou, por certo amou e foi amado, e, com seu abnegado silêncio, nos permitiu o primeiro contato com a natureza física do homem. Ofereceu seu coração para quem nunca soube seus sentimentos. Abriu sua cabeça para quem nunca soube seus mistérios e pensamentos. Deu suas mãos para quem nunca soube … Ler mais

Ao Cadáver

Não conhecemos teus ideais, mesmo assim abriste teu coração para quem não compartilhou teus sentimentos e não conheceu as expressões de tua face. Ofereceste tuas mãos marcadas para quem nunca soube o peso que carregaram nem por onde andam as que as tuas afagaram. Os caminhos que teus pés percorreram, nunca saberemos se os cruzamos … Ler mais

Ao Cadáver

A você, cujo nome, idade e procedência não conhecemos, cujos olhos não tivemos coragem de encarar, cujo corpo nos serviu de aprendizado. A você, que nos permitiu ficar maravilhados com a perfeição da criação de Deus, que nos serviu com sua morte para que pudéssemos cuidar da vida. A você, seja qual for a sua … Ler mais

Ao Cadáver

Professores da vida, que, mesmo em meio a um sono profundo e infinito, colaboram com a humanidade. Independentemente da maneira que viveram, possuíam sentimentos que estão, hoje, guardados na história. Deixaram, na lembrança, saudades aos entes queridos, e, num caminho meio incerto, cruzaram uma escola. Eram seres humanos, compostos como nós. Não tinham identidade. Sua … Ler mais

Ao Cadáver

“Ao te curvares sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este nasceu do amor de duas almas, brincou e sorriu, sonhou os mesmos sonhos de criança e sentiu saudades daqueles que partiram. Seu nome? Só Deus sabe, mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente”. … Ler mais